sexta-feira, dezembro 28, 2012

Espumantes

Por trás de um bom espumante está sempre um grande vinho base. Não é possível fazê-los de outra maneira. Os espumantes revelam todas as potencialidades das uvas que lhe deram origem e levam a experiência da degustação mais além. Do Douro ao Alentejo, passando pelos Verdes, até aos incontornáveis Bairrada e Távora-Varosa surgem cada vez mais bons exemplos. Dão, Lisboa e até mesmo o Algarve, pontuam com vinhos cada vez mais interessantes no preço, curiosos nas castas que laboram e obrigatórios pela qualidade que apresentam.
Por menos de quatro/cinco euros é possível encontrar bons espumantes nas prateleiras de um supermercado. Abrindo um pouco mais os cordões à bolsa descobrimos verdadeiras preciosidades. Reservas e Super Reservas. Espumantes com anos de estágio em cave que nos são apresentados por menos de dez euros. Extremamente vivos, estes vinhos, são o produto de vindimas temporãs. Os enólogos procuram em cada casta o momento certo para obter acidez elevada e maturações precoces. As uvas são colhidas em regra quinze dias a um mês antes do que seria aconselhado para fazer um vinho de mesa. A intenção é combinar frescura com um grau alcoólico provável, após a fermentação primária em cubas de inox, raramente superior a 11,5%. Os espumantes são vinhos muito trabalhados. O seu método de fabrico implica a indução de uma segunda fermentação já em garrafa. Este processo eleva o teor de álcool em um grau a um grau e meio e produz gás carbónico. São os cordões de bolhas deste gás natural que emprestam a principal característica a estes vinhos especiais. Quanto mais finas elas se revelarem, e quanto mais persistente for o cordão que formam no copo, melhor será o espumante

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